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Meu Caminho de Cora, Segundo Episódio! Saindo da Cidade dos Pireneus

Nesse segundo episódio, saímos da “Cidade dos Pireneus”, a charmosa Pirenópolis, fundada em 7 de outubro de 1727 e que foi tombada como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo IPHAN em 1989. Nosso objetivo era chegar até a cidade de São Francisco de Goiás, mas os planos mudaram e segui em direção a cidade de Radiolândia, situada a cerca de 52km de distância de Pirenópolis.

Por volta de 17km depois de Pirenópolis, existe um ponto para banho, o mais bonito de todo trajeto desse dia, é um riacho onde corre uma roda d’água, local excelente, onde é possível parar alguns minutos, se refrescar e contemplar toda beleza daquela região. Pedalando mais alguns quilômetros cheguei até a Fazenda Caiçara que fica ao pé da Serra de Caxambu, esse é o pedaço mais duro desse segundo dia, essa serra parecia que não iria acabar, subia, subia, subia e quando você achava que já tinha subido tudo, subia mais.

O percurso é repleto de belezas naturais e fazendas que fazem parte história do goiás, como a Fazenda Babilônia, construída em fins do século XVIII e que se destaca pelo seu imenso valor histórico, preservado durante séculos. Tombada como Patrimônio Nacional, pelo IPHAN, e inscrita no Livro de Belas Artes, essa bela fazenda conserva o extenso casarão, em estilo colonial e diversos muros de pedras, construídos pelos escravos.

Saindo de Caxambu e tendo sobrevivido a sua serra, segui em direção a Radiolândia, nesse pedaço passei por uma tempestade, a mais forte que já peguei pedalando, atravessei a BR-153 (Belém Brasília) e pedalei forte até Radiolândia devido ao horário, já era próximo das 18:00 e minha preocupação era ficar ali no escuro.

04 – Pirenópolis – Caxambu

O percurso de Pirenópolis ao povoado de Caxambu é o último trecho de relevo mais acentuado, cruza remanescentes de mata primária e transpõe as serras Paraíso e Caxambu – esta última com mais de mil metros de altitude. Percorre partes do antigo caminho dos escravos, que ligava a Fazenda Babilônia (1800) a Pirenópolis, na região denominada Retiro.

No meio do percurso, próximos um do outro, encontram-se o córrego Godinho e o Rio das Pedras, este citado por inúmeros viajantes que percorreram este caminho desde o século XVIII, caracterizando-se como excelente local para um merecido descanso.

A passagem pela Serra de Caxambu é a que mais exige do caminhante. Neste trecho, em menos de um quilômetro e meio, a altitude aumenta 150 metros até atingir o topo e desce, em seguida, 250 metros por uma trilha cavaleira até a fazenda do senhor Quinzinho, local de apoio e pouso. Daí até o povoado de Caxambu são mais quatro quilômetros.

Distância: 30 km
Dificuldade: Difícil
Tempo: 9 horas

05 – Caxambu – Radiolandia

O trecho caracteriza-se pelo relevo pouco acidentado, atravessa áreas de pequenas propriedades, de pastos e de grandes plantações, por estradas vicinais e servidões, a maioria entremeada por áreas de vegetação natural preservada, o Mato Grosso Goiano.

O principal atrativo neste trecho é a histórica Fazenda Babilônia, o mais importante empreendimento da região após a escassez do ouro, fundada no início do século XIX, pelo Comendador Joaquim Alves de Oliveira. Seu acesso se dá a partir de Caxambu, por asfalto, à distância de cinco quilômetros.

O percurso de Caxambu a Radiolândia cruza a BR-153 (Belém-Brasília), até atingir a Rodovia Bernardo Sayão, próximo ao povoado de Radiolândia, local de abastecimento e pouso a 17,5 quilômetros de Caxambu.

Distância: 17,5 km
Dificuldade: Moderada
Tempo: 6 horas

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