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Mobilidade Ativa: A Transformação do Distrito Federal Sob Duas Rodas

Nos últimos anos, tenho me dedicado a compartilhar minha paixão pelo ciclismo em diferentes espaços, incluindo a mídia. Essa jornada me levou ao DF1, jornal local de Brasília, onde fui convidado a falar sobre os desafios da infraestrutura cicloviária em Taguatinga, cidade onde resido. Apesar de ser uma das regiões mais antigas do DF, Taguatinga, até recentemente, não possuía ciclovias, destoando negativamente de outras áreas da capital.

Em uma das entrevistas, destaquei os riscos enfrentados pelos ciclistas que compartilham o trânsito com veículos motorizados, especialmente caminhões. A matéria completa pode ser conferida no link abaixo:

DF1 – Edição de sábado, 22/05/2021

A Bicicleta como Solução Urbana

As bicicletas vêm ganhando espaço nas grandes cidades do mundo, oferecendo soluções para reduzir congestionamentos, agressividade no trânsito e impactos ambientais. Contudo, muitas pessoas ainda subestimam seu potencial, questionando os investimentos em ciclovias e ignorando os benefícios econômicos e sociais que essas estruturas podem trazer.

Investir em infraestrutura cicloviária não é apenas construir ciclovias, mas planejar com qualidade. É essencial que gestores tenham visão de futuro, que equipes técnicas sejam qualificadas e que a sociedade participe ativamente do processo. Em um relatório que produzi sobre a política cicloviária do GDF, ressaltei a importância de metas claras e priorização com base em indicadores, como o uso de bicicletas e índices de acidentes.

EPTG: Um Símbolo da Luta por Ciclovias

A Estrada Parque Taguatinga (EPTG) tornou-se um marco na luta pela infraestrutura cicloviária no DF. Apesar de ser uma via estratégica e perigosa para ciclistas, a ciclovia prevista no projeto original foi ignorada quando a estrada foi inaugurada em 2010. Dados mostram que, entre 2003 e 2013, a EPTG teve tantas mortes de ciclistas quanto todo o Plano Piloto, evidenciando a urgência de melhorias.

Razões que tornam a ciclovia no DF prioritária:

  • Número alarmante de mortes: O DF registra um dos maiores índices de fatalidades envolvendo ciclistas no Brasil.
  • Legislação: A Lei Distrital 3.639/2005 exige a inclusão de ciclovias em rodovias.
  • Projeto original: O projeto financiado pelo BID incluía a ciclovia.
  • Relevância econômica: As ciclovias devem conectar as cidades que concentram mais de 70% dos empregos do DF.
  • Utilização mista: Atende deslocamentos curtos e longos, ampliando seu alcance.

Após muitos atrasos, as obras finalmente avançam, trazendo esperança para os ciclistas que dependem dessa via.

Avanços Recentes na Infraestrutura

O ano de 2023 trouxe avanços significativos para a mobilidade cicloviária do DF. A malha cicloviária atingiu 675 km, com a adição de 31 km no último ano. Além disso, há previsão de mais 105 km e da integração dos trechos existentes, promovendo uma conexão mais eficiente. Um exemplo é a ciclovia do Pistão Sul, em Taguatinga, que recebeu investimentos de R$ 1,7 milhão e agora conecta importantes vias da cidade.

Antes

Agora

Uma Visão para o Futuro

A bicicleta está deixando de ser vista apenas como equipamento esportivo e se consolidando como modal de transporte urbano. Essa mudança reflete uma mentalidade coletiva que valoriza a mobilidade ativa como solução para os desafios urbanos. O Governo do Distrito Federal, em parceria com a sociedade civil, trabalha para expandir e conectar a malha cicloviária, promovendo segurança e sustentabilidade.

Ainda há muito a ser feito, mas os avanços dos últimos anos são inegáveis. Essa transformação só é possível com o esforço conjunto de governos, organizações e ciclistas que acreditam no potencial da mobilidade ativa para construir um futuro melhor.

Juntos, pedalamos por uma cidade mais humana, segura e sustentável!

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