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Condicionamento, equilíbirio e alívio do estresse: os benefícios de pedalar

Como atividade física ou transporte, o ciclismo contribui muito para a qualidade de vida. Com as facilidades da vida moderna, o sedentarismo ganha cada vez mais espaço no dia a dia, gerando ou agravando problemas de saúde.

Manter uma dieta equilibrada e introduzir a atividade física na rotina são premissas básicas para ficar longe das doenças.

“Exercícios simples, como caminhar ou andar de bicicleta, ajudam a prevenir doenças crônicas como obesidade, colesterol alto e hipertensão”, diz Mauro Guiselini, professor de educação física do curso de Educação Física do Complexo Educacional FMU, de São Paulo.

O ciclismo traz benefícios físicos e emocionais, contribuindo muito para a qualidade de vida. “Como atividade aeróbica, gera perda de peso, ajuda a equilibrar a pressão e os níveis de triglicérides. Também trabalha equilíbrio e confiança, além de relaxar e combater o estresse. Praticada com bom senso e na medida da forma física de cada um, a atividade quase não tem restrições”, completa Marcos Paulo Reis, treinador de corrida e ciclismo, diretor técnico da MPR Assessoria Esportiva, de São Paulo.

Até usada como meio de transporte a bicicleta é boa para a saúde. “Muita gente busca essa alternativa de locomoção e acaba ganhando fôlego e bem-estar. Chegar ao escritório pedalando traz muito mais disposição para seu dia”, atesta o atleta e consultor Cleber Ricci Anderson, da Anderson Bicicletas de São Paulo. Então, vamos pedalar?

Antes de começar, vá ao médico

Não importa se o objetivo é melhorar o condicionamento físico, manter a forma, passear com a família no fim de semana, adotar a bike como meio de transporte ou mesmo treinar parar participar de competições. Antes de dar o start no esporte é bom consultar um médico, que pode ser o clínico geral ou o cardiologista.

“Um bom exame clínico e outros laboratoriais, de esforço ou de imagens irão atestar a aptidão para a prática esportiva e dar a segurança necessária para evoluir no treino”, diz o professor Kenny Monteiro, da Cia Athletica, unidade Belém do Pará. Entre os exames que podem ser pedidos estão: hemograma, colesterol total e frações e teste ergométrico.

Não há grandes restrições para a prática do ciclismo, mas pessoas com problemas nos joelhos – como tendinite ou condromalácia – devem realizar a atividade em intensidade menor. Consultar um ortopedista para avaliação antes de iniciar também é recomendado.

Entre em forma pedalando

Para quem não pode, não consegue ou não gosta de correr, por exemplo, pedalar é uma excelente alternativa de exercício aeróbico. “Uma pedalada leve queima cerca de 400 calorias por hora. E, por não causar tanto impacto nas articulações, oferece menos riscos de lesões do que a corrida”, compara Kenny Monteiro, triatleta e professor de ciclismo Cia Athletica, unidade Belém do Pará.

Onde pedalar?

“A rua é um ambiente agradável e mais divertido. O exercício também consegue ser mais completo do que na bicicleta ergométrica ou nas aulas de spinning. Pedalando ao ar livre, você estimula mais suas capacidades motoras e de coordenação, como destreza, equilíbrio, reação e ritmo”, argumenta o treinador Marcos Paulo Reis, da MPR Assessoria Esportiva, de São Paulo.

Mas é importante lembrar que a rua também envolve riscos. “Nessa modalidade existem aqueles que já caíram e os que vão cair. E tombo no asfalto nunca é pouca coisa. Portanto, é preciso pedalar equipado, atento aos itens de segurança”, reforça Reis.

Também não se esqueça de escolher um trajeto com menos trânsito de veículos e ciclovias e planeje trajeto de ida e volta antes de sair de casa. Também prefira pedalar de manhã cedo, quando o fluxo de veículos e pessoas nas ruas é menor.

Bike na academia

Já a atividade na versão indoor, ao eliminar fatores externos (vento, trajeto acidentado e obstáculos) permite maior concentração e melhor postura na bike. Isso sem falar em motivação e conforto: música; ambiente de temperatura controlada; variação de cargas (velocidade e giro do pedal) e orientação de um instrutor. Como a técnica requerida é mínima, você consegue queimar mais calorias e evita contratempos próprios do ciclismo ao ar livre.

Também para avaliar sua real motivação em relação à modalidade (antes de investir dinheiro em uma bike) uma boa dica é começar pela bicicleta ergométrica ou pelas aulas de spinning. “Esse trabalho ajudará também a desenvolver lateralidade e coordenação, essenciais para quando você tiver de levar a magrela para encarar as ruas”, diz Reis.

Quantas vezes por semana?

O ideal é que praticar a atividade de duas a três vezes por semana, por pelo menos 30 minutos, para desenvolver cadência, encontrar um ritmo. “Para começar, 10 quilômetros a uma velocidade de 20km/h está bom. Com um pouco mais de treino, logo dá para chegar a 30 quilômetros, o que é um excelente treino”, diz Kenny Monteiro, triatleta e professor de ciclismo Cia Athletica, unidade Belém do Pará.

É importante não exagerar na intensidade dos exercícios, para evitar o risco de lesões e mal-estar. “A melhor maneira de se exercitar é de forma leve a moderada”, alerta Mauro Guiselini, professor de educação física do curso de Educação Física do Complexo Educacional FMU, de São Paulo.

A escolha da bike

Se for sua primeira bike e especialmente se você tiver intenção de pedalar pelas ruas, prefira um modelo para mountain bike. “É mais confortável e você tem mais controle sobre ela”, diz Monteiro.

“Seja para passeio, para treino ou como transporte, a bicicleta deve ter o mínimo de qualidade (isso não quer dizer necessariamente cara) e estar bem ajustada ao ciclista, até para facilitar a postura ao guiá-la. Uma bike inadequada pode provocar dores e lesões”, alerta o consultor Cleber Ricci Anderson, da Anderson Bicicletas de São Paulo.

Além disso, vale a pena investir em equipamentos de segurança, como capacete, óculos e luvas, além de equipar a bicicleta com itens como buzina e luzes dianteira e traseira.

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