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Exercício físico e refluxo, o que fazer?

Exercício físico e refluxo! Qual a relação entre eles? Exercício provoca refluxo? Exercício evita o refluxo? Entenda!

Sentir náuseas, inchaço, desconforto abdominal, azia, queimação, dores e outros sintomas do refluxo já se tornaram rotina para muita gente! Mais de 20% dos brasileiros são diagnosticados com refluxo, a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), na linguagem médica.

Como é feito esse diagnóstico?

Por meio de exames clínicos e da endoscopia digestiva é possível identificar se o paciente sofre de DRGE, o refluxo. A partir daí, as primeiras recomendações do médico geralmente são a mudança de hábitos alimentares para uma dieta mais equilibrada e iniciar a prática regular de exercício físico. Conselhos comuns entre médicos de diferentes especialidades, não é mesmo? Isto porque mantendo o peso ideal, alimentando-se bem e evitando o sedentarismo reduz-se as chances do desenvolvimento de uma série de doenças e aumenta-se as chances de cura de muitas outras.

Então a relação entre o refluxo e a atividade física é sempre boa?

Infelizmente, nem tanto. Uma queixa muito comum entre atletas e praticantes de exercícios regulares é o refluxo durante essa atividade física. Este sintoma está ligado ao retorno do conteúdo estomacal para o esôfago ao movimentar o corpo. Isso acontece porque ao praticar exercício físico aumentamos a pressão abdominal e consequentemente a pressão gástrica, dentro do estômago. Desta forma, aumenta-se também o risco de ocorrência de refluxo gástrico.

Refluxo na atividade física

É comum ouvir queixas de atletas de diversas modalidades sobre refluxo ao praticar esportes.  Podemos identificar muitas causas, porém a mais frequente é pela volta do conteúdo estomacal para o esôfago. Qualquer aumento da pressão abdominal, que ocorre durante a prática de alguns exercícios físicos, aumenta a pressão intra-gástrica (dentro do estômago) e, com isso, aumenta também o risco de ocorrência de refluxo.

Principais causas do refluxo na atividade física:
  • Mudança na concentração sanguínea: esta relaciona-se com exercícios físicos intensos, prolongados e que agitem o corpo, como treinos de corrida de maratonistas. Neste caso, o fluxo sanguíneo dos órgãos concentra-se na musculatura e pele, e a dor vem do redirecionamento do sangue.
  • Alimentação: é essencial um bom intervalo entre a alimentação e o começo do treinamento. Se tratando de refeições mais pesadas, o intervalo deve ser maior ainda. Além do tempo, alimentos ricos em proteínas e fibras, não gordurosos e ricos em probióticos são os mais indicados.
  • Ingestão de ar:  é recomendado evitar engolir ar durante os exercícios e desenvolver a respiração correta. A deglutição de ar incorreta acarreta em distensão abdominal, em outras palavras, na sensação de inchaço e produção de gases.
  • Compressão do estômago: Devido a intensidade e esforço, o esfíncter gastro esofágico pode sofrer pressão e permitir que o conteúdo acidificado do estômago suba ao esôfago, causando acidez, queimação e etc. Exercícios deitados também influem no bolo alimentar que pode voltar. A compressão do estômago com a situação hipotética em que o atleta se alimenta e depois começa uma sessão de abdominais numa aula de crossfit. A compressão do estômago pode fazer o alimento voltar e pressionar o esfíncter.

O que fazer para evitar o refluxo durante o exercício físico?

Em primeiro lugar, é essencial fazer um intervalo de pelo menos 30 minutos entre a alimentação e o início da prática de atividade física. Evitar sempre fazer refeições pesadas antes de se exercitar. Além disso, prefira comer carboidratos ricos em fibras, proteínas magras, vegetais, legumes e frutas todos os dias, deixando os alimentos gordurosos e açucarados para raras ocasiões. O ideal é fazer o acompanhamento com um Nutricionista e de um Educador Físico, que darão as orientações corretas para você, de acordo com as suas características físicas e fisiológicas, histórico médico, seus costumes e objetivos.

Uma das dicas mais comuns entre esses profissionais é iniciar a reeducação alimentar associada a uma atividade física leve, que não provoque muito impacto, como a caminhada, a bicicleta e a musculação guiada.

Efeitos psicológicos na atividade física com refluxo?

O esporte no geral tem um efeito positivo para o psicológico pois promove a liberação de endorfina, neurotransmissor que produz a sensação de felicidade, o que auxilia no controle de desequilíbrios emocionais. O refluxo gastroesofágico é uma doença que pode ter causas psicossomáticas, ou seja, pode ser agravado por estresse psíquico, ligadas à ansiedade e nervosismo, que em picos podem gerar episódios de crise com agravamento dos sintomas.

Atividades físicas ideais para quem sofre de refluxo

Se exercícios têm o poder de fazer bem e de fazer mal para os pacientes de gastrite, nos resta a dúvida: qual o melhor tipo então? Especificamente para a gastrite, exercícios que não causem muito impacto como bicicleta e caminhada e nem exijam levantamento de peso como musculação e exercícios localizados, são os mais indicados.

Além da mudança de hábitos, o refluxo tem tratamento médico?

Tem sim! As indicações variam de acordo com o grau da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), que muda de paciente para paciente, além de suas condições físicas, emocionais e do histórico médico.

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